geografia
A atividade rural no Brasil engloba uma série de funções e ofícios como a lavoura, pecuária, atividade florestal, pesca artesanal e o extrativismo. Os trabalhadores do campo estão inseridos em distintos processos de trabalho e em encadeamentos de produção que desencadeiam-se dentro de grupos sociais primários (famílias), em pequenas propriedades, pequenas porções de terra e em grandes empresas agropecuárias.
De fato há a ocorrência de um fenômeno de escala global no que se refere a diminuição gradativa da população rural, e no Brasil isto não é diferente. De um total de quase 24 milhões de pessoas trabalhando no campo em 1985, este número decaiu para 17.930.896 em 1996. Em 2006 o Censo Agropecuário registrou aproximadamente 16 milhões ainda com estimativa de diminuição para os anos seguintes.
A formação história do Brasil inegavelmente influiu nas diferentes sistemáticas estruturas, nas quais, ainda atualmente, se organiza o trabalho rural. Desde a economia colonial passando pela instauração da absorção da mão de obra imigrante, até chegar no estágio atual de modernidade da agricultura e do surgimento de grandes empresas no campo, foram surgindo distintas formas de prestação de trabalho que podem ser assim resumidas na forma que apresentam-se atualmente.
Pode-se dividir de maneira sucinta a sistemática subdivisão de prestações de serviços em posseiros, que são trabalhadores rurais que ocupam terras do governo, com a finalidade de desenvolver a agropecuária; Parceiros, que são relações estabelecidas entre o dono das terras e um trabalhador rural, onde o primeiro disponibiliza o espaço agrário e o segundo, a força de trabalho; Pequenos proprietários, que atuam em suas terras, geralmente usufruindo da mão de obra familiar, sem remuneração. A produção originada nessas pequenas propriedades são destinadas ao autoconsumo e o excendente no comércio local; Arredatários, agricultores que não dispõe de terras,