Geografia
Embora não se possa caracterizar o crescimento recente da economia brasileira como um novo ciclo de expansão, há indicativos de que o processo de globalização esteja estimulando a demanda de diferentes produtos intensivos de recursos naturais (minérios, metais, alimentos, papel e celulose, etc.) em muitas regiões menos desenvolvidas. Assim, quase todas as áreas do País em que se acelera o crescimento econômico (sudeste do Pará, Quadrilátero Ferrífero de Minas, centro-norte de Mato Grosso, oeste da Bahia, sul do Maranhão, etc.) se localizam na periferia tradicional e na periferia dinâmica do País.
Em geral, quando se pretende definir quais são as potencialidades de crescimento econômico de uma região a partir da sua dotação de recursos naturais, é preciso estar ciente de que o conceito de potencialidade de recursos é econômico, e não físico. Ou seja, o valor de um recurso natural não é intrínseco ao material, mas depende da estrutura da demanda, dos custos relativos de produção, dos custos de transporte, das inovações tecnológicas que sejam comercialmente adotadas, etc.
A questão dos custos relativos é crítica: uma oportunidade favorável em alguma localidade ou região pode não ser explorada devidamente por causa da existência de melhor oportunidade em outra localidade ou região. Portanto, a incorporação das noções de custo de oportunidade e de concorrência é importante para melhor compreensão do