Geografia
Temperatura: A temperatura do ar apresenta diferentes efeitos sobre a cultura do pessegueiro, variáveis em função das diferentes fases do ciclo vegetativo ou de repouso da planta.
Temperaturas de inverno: as temperaturas de inverno são importantes para a fase de repouso do pessegueiro, conhecida como dormência. As temperaturas nessa fase são decisivas para completar a formação das gemas vegetativas e floríferas, bem como para o estímulo à planta para iniciar o ciclo vegetativo. Nessa fase, utiliza-se como indicador térmico o número de horas de frio abaixo de 7,2 ºC ocorrido no período. A Tabela 1 apresenta os valores médios de horas de frio mensal abaixo de 7,2 ºC indicativos para a região da Serra Gaúcha. É importante observar que cada cultivar apresenta uma necessidade de frio invernal, podendo variar de pouco exigentes a exigentes. Boa parte das cultivares necessitam de 600 a 1000 horas, enquanto que outras exigem menos de 100 horas. Pelas características climáticas da Serra Gaúcha, algumas cultivares e alguns anos podem apresentar problemas de florescimento e brotação desuniformes e insuficientes (erratismo).
Temperaturas de primavera: um sério risco ao cultivo do pessegueiro na Serra Gaúcha está na possibilidade de ocorrências de geadas no final do inverno, bem como daquelas mais tardias já na primavera. Os riscos ocorrem a partir da planta ter iniciado o inchamento das gemas, na floração ou na primeira fase de desenvolvimento do fruto. A Tabela 1 apresenta alguns elementos do risco de geadas para a região.
Temperaturas de verão: os melhores padrões de qualidade do pêssego (concentração de açúcar e coloração adequada), são encontrados em áreas de temperaturas de verão, em particular no período de pré-colheita, relativamente altas, sem serem excessivas, combinadas com temperaturas amenas à noite.
Insolação e Radiação Solar: A insolação e a radiação solar são fatores climáticos importantes nos processos de