geografia nova
José Edimar de Souza*
publicado em 05/07/2009
Resumo
Este estudo apresenta alguns pressupostos da reflexão sobre a construção teórica da Nova Geografia (Quantitativa ou Teorética). A problematização desta temática se faz pelo viés historiográfico da leitura constituída da Geografia Tradicional para as transformações filosófico-metodológicas como possibilidade de se pensar a realidade na sua forma dinâmica e complexa. Ampliando a compreensão do fenômeno geográfico para um entendimento sistêmico de análise a Nova Geografia pretende se constituir na articulação com outras estruturas e fenômenos numa leitura mais apropriada do espaço.
Palavras-Chave: Nova Geografia. Historiografia geográfica. Geografia Sistêmica.
1 Introdução
A grande questão que envolve a transformação da prática metodológica geográfica talvez tenha sido a mudança na forma investigativa dos estudos geográficos. Ao romper com a forma empírica do conhecimento geográfico tradicional (positivista) um pano de fundo metodológico-filosófico se estrutura: a Nova Geografia.
Esta nova maneira de perscrutar a realidade pautada numa valorização estatística da organização do espaço e da quantificação cientifica pluraliza paradigmas e amplia a diversidade de relações que se estabelecem na operacionalização do conhecimento da geografia.
2 Algumas reflexões sobre a Nova Geografia
Aspectos da realidade, frutos da acomodação humana, filosófica e crítica frente ao período “Entre Guerras” favoreceram o movimento de transformação da ciência geográfica tradicional na perspectiva da construção de uma ciência para compreender a nova configuração socioeconômica e espacial que se configurava. Diante desse quadro, o “instrumento de pesquisa da Geografia tornou-se defasado, implicando numa (sic) crise das técnicas tradicionais de análise. Estas não davam mais conta nem da descrição e representação dos fenômenos