por uma nova geografia
(Milton Santos)
Sabemos que a chegada da segunda guerra mundial ocasionou muitas mudanças no que diz respeito à globalização e a evolução dos setores de automação, uma vez que sua eclosão resultou em fracasso. Porém, após o seu desfecho final em 1945, podemos presenciar uma significativa etapa de restabelecimento, sobretudo nas indústrias e na automação, ate chegar em 1950 onde suas dadas evoluções começam a consolidar-se, abrindo assim novos caminhos para a geografia.
Dizer que a geografia passaria por um bombardeio de processos no qual ela mesma pudesse usufruir não seria exagero, uma vez que seus defensores, propositalmente, aspiram-na e tentavam apresentá-la para o mundo por meio de uma forma acessível a todos os cidadãos, rompendo assim como alguns de seus parâmetros tradicionais e metodológicos, no entanto, não seria exatamente o que chamamos de “mudança radical”, mas sim um processo de aperfeiçoamento.
É claro que a New Geography não ria agradar e receber a adesão de todos os extremistas da época, sua adesão se dava a partir do momento que seus defensores pregavam o aparecimento do novo, porém, haviam aqueles que priorizavam e optavam pelo sistema tradicional, contrariando toda proposta inovadora e lutando pelo sistema tradicional.
Esta fase de contrapesos da geografia assemelhava-se a grande crise histórica na qual a mesma surgiu com pretensões científicas, no final do século XIX esta luta e processo tratava-se de novo, dando continuidade no seu processo de desenvolvimento, podendo os geógrafos, a partir desta determinada evolução, tratar de assuntos especulativos e mais sociais, deixando sair do centro aquela geografia fria, pragmática e decorativa.
Grandes nomes da época deram essa proposta e defendiam piamente a New Geography, como: Maximilien Sorre, Pierre George, Sawer, Hartshorne, entre outros. No entanto, nem mesmo as obras desses grandes nomes puderam impedir o declínio da proposta inovadora após se deparar com a