Genograma
Sonja Millaray Cortes Zambom Cardoso
Psicóloga
“Para que o coração possa sentir é preciso que os olhos vejam. ”
Dito Popular
Este artigo se propõe a abordar o genograma como instrumento na Terapia Individual Sistêmica. O tema será investigado através de estudo de caso múltiplo instrumental, nos quais se utilizaram a Terapia Individual Sistêmica como forma principal de intervenção. Será feita a análise de conteúdo dos relatos das sessões, ressaltando as contribuições da utilização do genograma nos casos estudados.
1. Introdução
O Genograma Familiar é uma representação gráfica da família. Trata-se de um instrumento que pode ser utilizado pelas diversas áreas do conhecimento como mostram os estudos em: Medicina (Machado et al, 2005); Administração (Lescura et al, 2012); Enfermagem (Pereira et al, 2009); Psicologia (Castoldi; Lopes; Prati, 2006) Terapia Familiar (Cerveny; Prado, 2008). Também há estudos de genograma como instrumento de coleta de dados em pesquisa qualitativa (Wendt; Crepaldi, 2008) e, é claro, como recurso terapêutico (Krüger; Werlang, 2008). No campo da Terapia Familiar, o genograma está relacionado à teoria dos sistemas familiares de Bowen. No início de seu trabalho com famílias, em meados de 1979, Bowen propôs o diagrama familiar, para facilitar a coleta e organização das informações multigeracionais das famílias. Em 1972 este diagrama foi renomeado como Genograma Familiar por Guerin (Nichols; Schwartz, 1998). Segundo os autores Burd e Baptista (2004), somente na década de 80 o genograma foi padronizado e apresentado por McGoldrick e Gerson, anteriormente a isto, as representações e símbolos utilizados eram os mais variados, criando confusão e dificultava a leitura do genograma por outro profissional. O Genograma representa o mapeamento gráfico da família (através de símbolos, basicamente círculos, quadrados e linhas), em no mínimo, três gerações, demostrando a