Generos Jornalisticos No Brasil
Organizado pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo, José Marques de Melo, em parceria com o doutorando da Metodista, Francisco de Assis, o livro Gêneros Jornalísticos no Brasil, contém os resultados de uma reflexão coletiva dos alunos de pós-graduação sobre os gêneros jornalísticos, que teve por objetivo, através da produção de artigos, o resgate da identidade jornalística brasileira. Na apresentação da obra os organizadores esboçam um quadro teórico e prático dos gêneros jornalísticos no cenário brasileiro. O primeiro passo foi apresentar os conceitos e sua natureza efêmera, ressaltando que os gêneros estão diretamente vinculados a conjuntura social e econômica em que se encontra o lugar de produção que influenciará na forma de construção do discurso.
Iniciado por textos de autoria do principal organizador, Marques de Melo, o livro possibilita uma perspectiva histórica dos gêneros e formatos jornalísticos mostrando também as revisões feitas pelo autor ao longo dos anos. No contexto histórico, Marques de Melo destaca o pioneirismo do parisiense Jacques Kayser na década de 50. Poucos anos depois a Suécia, a Alemanha, a Espanha e mais tarde os Estados Unidos, desenvolvem estudos na área. No Brasil, os escassos indícios existentes foram recolhidos em textos escritos por Carlos Rizzini (1957) e Nelson Werneck Sodré (1966), mas a questão vai aparecer de forma sistemática na obra de Luiz Beltrão, que se constituiu a referência mais importante para os estudos dessa natureza.
Marques de Melo defende a importância do estudo dos gêneros com o argumento de que os jovens diplomados encontram resistência para ingresso no mercado de trabalho porque são desconhecedores, em grande maioria, das especificidades dos diversos tipos de conteúdos jornalísticos. Pesquisador que é dos gêneros jornalísticos, Marques de Melo reconstitui a