GENEALOGIAS: HISTÓRIA CRÍTICA COMO HISTÓRIA DOS ACONTECIMENTOS
Campus Chapecó
Curso: História
Disciplina: Teoria e Metodologia da História III
Docente: Ricardo Machado
Acadêmica: Camila Celina Marmentini
GENEALOGIAS: HISTÓRIA CRÍTICA COMO HISTÓRIA DOS ACONTECIMENTOS
Resumo
O presente artigo partindo dos deslocamentos empreendidos pela genealogia de Foucault na pesquisa histórica, propõe-se a análise da noção de acontecimento. Para tanto, recorre-se não só à produção filosófica de Foucault, mas também à genealogia de Nietzsche.
Embora Michel Foucault não seja considerado historiador no sentido usual do termo, sabemos que a pesquisa histórica se constituiu num elemento-chave na trajetória intelectual dele. As "ferramentas" utilizadas pelo pensador francês em suas pesquisas como, por exemplo, os conceitos extraídos do pensamento nietzschiano – a Genealogia- permitira que ele se destacasse no campo da história.
Friedrich Nietzsche (1844- 1900) foi o primeiro a apresentar o termo Genealogia, para dar sentido a análise de uma histórica e critica.Para isso elaborou três dissertações que constituem os eixos centrais da Genealogia da moral, no ano de 1887 o pensador alemão, faz um critica radical aos valore morais dominantes na sociedade moderna. Onde temos então Critica à moral do ressentimento (cristianismo), Critica à moral autônoma, autoconsciente (Kant) e por fim Critica ao ideal ascético (niilismo), Nietzsche propunha de uma forma metódica o projeto de transvaloração como nova exigência para a auto-superarão do homem moderno, comporta, pois, uma inversão dos antigos valores e um deslocamento destes da esfera da transcendência para a esfera da vontade de potência. Ou seja, Nietzsche que é imperativo uma crítica dos valores morais, por meio da qual o próprio valor desses valores seja questionado. Lembrando que a história e a filologia são “ferramentas” utilizadas pelo autor para construir uma critica radical sobre a maneira como a mesma foi concebida por muitos historiadores