GENEALOGIA DA MORAL
Friedrich Nietzsche
Prefácio
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3- Qual é definitivamente a origem de nossa ideia de bem e de mal?
Não me preocupei em procurar a origem do mal para alem do mundo.
Então, de que modo inventou o homem as apreciações “bem” e “mal”?
4- ...a origem do castigo, ujo caráter essencial e primordial não foi a de inspirar terror.
5- ...compreendido sempre mais que esta moral de compaixão, que não cessava de ganhar terreno, que mesmo infectava os filósofos e os tornava doentes, como sintoma inquietante de nossa cultura européia, um sintoma de regresso ao budismo? Um budismo europeu? Ao nihilismo?... Entre os filósofos esse exagero de piedade é coisa nova; até hoje os filósofos estiveram de acordo sobre o não-valor da piedade. Basta citar Platão, Spinoza, La Rouchefoucald e Kant, quatro espíritos absolutamente diferentes entre si, mas unânimes em um ponto: o desprezo à piedade.
6- Esse problema do valor da compaixão e da moral da piedade vacilará sua fé em toda moral e por fim uma nova exigência se fará ouvir. Necessitamos de uma critica dos valores morais e, antes de tudo, deve-se discutir o valor destes valores e por isto é necessário se conhecer as condições e os ambientes em que nasceram, em favor do que se desenvolveram e do que se deformaram (a moral como consequência, como sintoma, como máscara, hipocrisia, enfermidade, equívoco; mas também como moral da causa, o remédio, estimulante, inibição, veneno). Atribui-se até o presente e sem se hesitar, ao bem um valor superior que o valor do mal. Um valor elevado, de progresso, de utilidade, de possibilidade de desenvolvimento ao tratar-se do homem em geral. Como? E se o contrario representasse a verdade? E se o bom encerrase em si um sintoma de retrocesso, um perigo, um engano?
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PRIMEIRO TRATADO
1- Bem e Mal – Bom e Mau- Coube aos psicólogos ingleses as únicas tentativas feitas até agora para elaborar uma história da moral. O que os impele nesta direção?
2- Pensam