A Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner A da Teoria das Inteligências Múltiplas Gardner revolucionou o conceito de inteligência conhecido pela psicologia cognitiva tradicional, o qual trazia a idéia de que o ser humano possui uma capacidade cognitiva unitária, conhecida como g, e que somente as capacidades linguísticas e lógico-matemáticas poderiam ser consideradas como inteligência e poderiam ser medidas através de testes de QI. O autor fundamentou-se numa síntese de evidências vindas de diversas fontes, como o estudo de indivíduos que sofreram lesão cerebral por trauma ou derrame, análise de indivíduos que, em uma idade muito inicial, apresentam realizações surpreendentes em diversas áreas, como matemática ou música. Gardner baseou-se também na observação de idiota savanas, que apresentam baixo QI, porém são capazes de certas realizações notáveis, como desenhar com perfeição ou tocar piano de ouvido, e que, no entanto, não conseguem interagir com outros seres humanos. Após sintetizar essas e outras fontes de evidências, apresentou sua Teoria das Inteligências Múltiplas, na qual defende que a inteligência não é algo que pode ser medido através de testes de QI e não se restringe apenas às capacidades linguísticas e lógico-matemáticas. A teoria das IM pluraliza o conceito tradicional ao defender que o ser humano possui oito inteligências distintas. São elas: inteligência linguística, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-cinestésica, interpessoal intrapessoal e naturalista. As oito inteligências se apresentam de maneira diferenciada em cada indivíduo. Em sua teoria foram utilizadas diversas fontes: as informações disponíveis sobre o desenvolvimento normal e o desenvolvimento do indivíduo talentoso; estudos sobre populações prodígios, idiotas sábios, crianças autistas, crianças com dificuldade de aprendizagem; dados sobre a evolução da cognição; considerações culturais comparadas sobre a cognição; estudos psicométricos; estudos de