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O Arcadismo no Brasil reflete a condição do intelectual brasileiro no século XVIII: de um lado, recebia as influências da literatura e das ideias iluministas vindas da Europa; de outro, interessava-se pelas coisas da terra e alimentava sonhos de liberdade política, dando forma e expressão a um sentimento nativista.
O Arcadismo brasileiro originou-se e teve expressão principalmente em Vila Rica (hoje Ouro Preto), Minas Gerais, e seu aparecimento teve relação direta com o grande crescimento urbano verificado no século XVIII nas cidades mineiras, cuja vida econômica girava em torno da extração de ouro.
O crescimento dessas cidades, favorita tanto a divulgação de ideias políticas quanto o florescimento da literatura. Os jovens brasileiros das camadas privilegiadas da sociedade costumavam ser mandados a Coimbra para estudar, uma vez que na colônia não havia cursos superiores. E, ao retornarem de Portugal, traziam consigo as ideias que faziam fermentar a vida cultural portuguesa à época das inovações políticas e culturais do ministro Marquês de Pombal, adepto de algumas ideias do iluminismo.
Em Vila Rica, essas ideias levaram vários intelectuais e escritores a sonhar com a independência do Brasil, principalmente após a repercussão do movimento de independência dos Estados Unidos da América (1776). Tais sonhos culminaram na frustrada Inconfidência Mineira (1789).
Arcadismo na colônia: entre o local e o universal
Os escritores brasileiros do século XVIII comportavam-se em relação ao Arcadismo importado de Portugal de maneira peculiar. Por um lado, procuravam obedecer aos princípios estabelecidos pelas academias literárias portuguesas ou se inspiravam em certos escritores clássicos, como Camões, Petrarca e Horácio, ao mesmo tempo em que tentavam eliminar vestígios pessoais e locais.
Por outro lado, porém, acabaram por apresentar em suas obras aspectos diferentes dos prescritos pelo modelo importado. A natureza, por exemplo, aparece como mais