Gansos Voadores e Patos Vulneráveis – Gabriel Palma
LA: Leste Asiático
AL: América Latina
O autor inicia o texto se fazendo duas perguntas. Existe diferença entre exportar batata chips e microchips? A dinâmica regional e em especial “o poder regional” é determinando do tipo de exportação realizado por um país? E o que ele responde? Sim, existe diferença.
Segundo o professor, grande parte do motivo porque conseguimos estabilizar os preços foi a âncora de câmbio. Com a taxa de câmbio baixa, entram muitos produtos estrangeiros na economia. Isso é bom? Depende. Para o consumidor é bom, porque o poder de compra da sua moeda aumenta e o preço de produtos importados fica mais barato. Ele quer consumo no curto prazo. Para os exportadores, não era muito bom. Os planos de estabilização da AL ajudavam os exportadores.Palma vai tentar destruir esse argumento de que a industrialização em busca da competitividade é o melhor para o país.
Para isso, ele faz uma comparação entre o desenvolvimento do Leste Asiático e o da América Latina. O Leste Asiático se industrializou por aceleração da diferenciação dos produtos. Já a América Latina teve sua industrialização por meio da substituição de importações. O que aconteceu na AL foi a tentativa de assentar as bases para que um dia se pudesse ganhar em termos de competitividade, com a promessa de que o impacto negativo inicial seria compensado por um processo de diversificação de exportações no futuro próximo, o que permitiria a mudança da sua pauta de exportações, abandonando os produtos primários e começando a incluir manufaturas. Isso até poderia ter dado certo se não tivesse sido o choque dos juros internacionais, as crises do petróleo, a deterioração dos termos de troca, sendo necessário um ajuste econômico que culminou com a abertura da economia (liberalização comercial e financeira, privatizações e desregulamentação dos mercados).
O autor separa a análise em 2 grandes períodos: 1º - do pós guerra até 1980 e 2º - de 1980 a