Fé e razão
Ter fé é crer firmemente em algo, sem ter em mãos nenhuma evidência de que seja verdadeiro ou real o objeto da crença. Este termo vem do grego pistis, traduzido por confiança, firme convencimento. Assim, a palavra fé pode ser entendida como acreditar, confiar. A fé não demanda provas materiais, pode surgir sem nenhum motivo aparente, estar ligada a razões ideológicas, emocionais, religiosas, ou a outra razão qualquer. A fé pode ser cega, nascida da confiança irracional em algo ou alguém, e dentro de uma religião como, por exemplo, o catolicismo, ser baseada em dogmas diretriz estabelecidas pela Igreja, nas quais os fiéis crêem sem que o clero necessite dar maiores explicações. Ela também pode ser raciocinada, como no Espiritismo, que caminha junto à Ciência e à Filosofia, portanto, segundo esta doutrina, razão e sentimento devem se unir para construir uma crença nascida do conhecimento, uma vez que a fé não surge por um milagre no interior do homem, mas é edificada, porém também aqui não se foge da necessidade da confiança e de algumas certezas instintivas. As experiências de cada um, intransferíveis e totalmente pessoais, dão origem a esta energia ou sentimento, ou como se queira definir a fé. No aspecto religioso, a fé pode significar ser leal a um determinado culto, o que implica aceitar as regras e pontos de vista dessa religião, ou seus dogmas, dependendo da corrente espiritual. Fé também pode denotar um compromisso de fidelidade, por exemplo, a Deus. Entre os judeus, ser fiel ao Talmud também expressa um laço cultural e, mais que isso, é igualmente uma questão de identidade. Aliás, em outras comunidades religiosas a religião é, da mesma forma, uma questão de identidade cultural. Segundo as Sagradas Escrituras, o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, portanto, conforme o pensamento de alguns estudiosos sobre o poder da fé, com este instrumento divino o Homem também pode criar, através da disciplina e do