Fábula

O lenhador e a raposa

O esforçado lenhador acordava às 6 horas e trabalhava o dia inteiro. Sua mulher havia morrido. Durante sua ausência da casa, quem tomava conta do seu filho pequeno era uma raposa, tratada como bicho de estimação especial. Era de sua total confiança.
Todos os dias, quando o lenhador saía para trabalhar, deixava a raposa cuidando de seu filho.
Todas as noites, ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com a sua chegada.
O vizinho do lenhador alertava que a raposa era um animal selvagem e perigoso. Não era um bicho confiável!
-Quando ela sentir fome comerá a criança, dizia o vizinho.
O lenhador, sempre retrucando com ele, dizia que a raposa era sua amiga e jamais faria isso.
O vizinho insistia:
- Lenhador, abra os olhos! Quando sentir fome, comerá seu filho!
Certa noite a raposa estava vigiando a criança quando escutou um barulho na casa ao lado e saiu para verificar. Quando olhou para a casa do vizinho percebeu que a porta estava arrombada. Ela correu e quando entrou o ladrão já estava indo para cima do vizinho com um facão.
Sem pensar duas vezes, a raposa rapidamente atacou o ladrão fazendo-o cair no chão recebendo muitas mordidas no pescoço. Ele conseguiu pegar o facão e em somente um golpe certeiro enfiou-o de um lado a outro no peito da raposa.
De manhã cedo o lenhador acordou e foi olhar seu filho. Não viu a raposa e ficou preocupado. Saiu a sua procura quando percebeu um movimento na casa do seu vizinho. Encontrou-o em prantos.
- Que aconteceu caro vizinho?
- Ontem um ladrão tentou me roubar e a sua raposa me salvou. – Ele chorou mais ainda-
- Que bom, mas para que tanto desespero? Tudo está bem, onde está a raposa?
O vizinho responde:
- Acontece lenhador que o ladrão conseguiu acertar uma facada no peito dela. Eu tentei, eu tentei salvá-la, mas já era tarde e ela não resistiu. – O lenhador se derramou em lágrimas-
- Eu não deveria ter a julgada por o que aparentava ser, porque acontece que no final das contas