Funções e metodologias de avaliação do ensino superior funções e metodologias de avaliação do ensino superior
FUNÇÕES E METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR
Existe hoje no Brasil uma crescente consciência da necessidade de desenvolver sistemas de avaliação do ensino superior. Esta necessidade é sentida na administração federal, que se ressente da falta de critérios adequados para a distribuição de seus recursos; pelas universidades públicas, que necessitam conhecer melhor a si próprias, e confrontar com informações seguras as críticas que freqüentemente recebem; pelos professores, que sentem a necessidade de valorizar seu trabalho, e fazer com que os resultados de seus esforços e dedicação sejam devidamente reconhecidos e recompensados; pelos estudantes e suas famílias, que hoje decidem seus cursos de forma quase aleatória, baseados em fragmentos de informação, o que explica em parte as grandes taxas de evasão nos cursos superiores, assim como um certo clima de frustração e cinismo que acaba se desenvolvendo em muitas partes.
A existência deste consenso nacional sobre a necessidade de avaliação não significa, no entanto, que todos estejam de acordo quanto à maneira pela qual esta avaliação deva ser feita, e menos ainda sobre como seus resultados podem vir a ser eventualmente utilizados. Esta falta de acordo é natural e deriva, em parte, de nossa falta de experiência e conhecimento sobre o assunto; mas reflete, também, o fato de que não existe, em nenhuma parte do mundo, metodologias de avaliação que estejam livres de questionamentos e discussões. Seria utópico imaginar que fosse possível chegar a uma metodologia de avaliação tão objetiva e perfeita que pudesse, por si mesma, eliminar as ambigüidades e contradições que são inerentes a qualquer empreendimento humano. Avaliações, por melhores que sejam, refletirão sempre valores de pessoas, e sempre existirão outras que pensarão de forma distinta.
Isto significa que seria utópico esperar que exista uma metodologia de avaliação totalmente objetiva, e