ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO SIMBÓLICA NA CRIANÇA Evanilda Dino A função simbólica é o aspecto que distingue o mundo humano do mundo animal. A origem do pensar e de todo funcionamento psíquico está no processo de transformação das impressões sensoriais e emocionais, que dominam o início da vida, em símbolos. Este processo de transformação tem como precursores as experiências intersubjetivas iniciais que permitem a constituição das fronteiras psíquicas sobre as quais se realizará o uso de símbolos. O simbolismo é compreendido como função de um ego diferenciado do ambiente. A hipótese fundamental consiste em que, no início da vida, há um potencial inato para a intersubjetividade. O processo de desenvolvimento da capacidade de simbolização só pode ocorrer no contexto das relações intersubjetivas iniciais, desde que a dupla mãe (ou quem exerça a função materna) e bebê funcionem de forma afetivamente engajada. A função simbólica consiste na capacidade que a criança adquire de diferenciar significantes, na qual originam-se da imitação de acordo com as prática sociais que a criança esta inserida e os significados são elementos de assimilação , isto é dar significado ou compreender um objeto de acordo com os recursos disponíveis. O acesso a função simbólica eleva-se ao máximo a evolução da inteligência sensório motor. A partir do segundo ano de vida que começamos a perceber claramente a manifestação simbólica pois significantes e significados coordenam-se no desenvolvimento motor. As ações simbólicas e as palavras apontam ou remetem algo que não são eles mesmos. As crianças agem sobre o meio e retira as propriedades dos objetos desenvolvendo a função simbólica da linguagem. O ato mental projeta-se em ato motores isto é, quando a criança pega um prato e a colher sem nada começa a comer, a ação