Função Poética da Linguagem
É a função centrada na mensagem, buscando construí-la de forma original, criativa, inovadora, particularizando-a. A forma predomina sobre o conteúdo, muito embora seja ela, muitas vezes, que sintetiza o próprio conteúdo. Nesse sentido, é comum perceber o uso amplo de figuras de linguagem. É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em "como dizer" do que com "o que dizer". O foco recai sobre o trabalho e a construção da mensagem. A mensagem é posta em destaque, chamando a atenção para o modo como foi organizada. Há um interesse pela mensagem através do arranjo e da estética, valorizando as palavras e suas combinações. Essa função aparece comumente em textos publicitários, provérbios, músicas, ditos populares e linguagem cotidiana. Nessa função pode-se observar o intensivo uso de figuras de linguagem.
As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em: figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.
1 - Figuras de som
a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
►“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.
►“Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral.”
c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.
►“Eu que passo, penso e peço.”
2 - Figuras de construção
a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
►“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)
b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
►Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)
c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.
►“ E sob as ondas ritmadas e sob as nuvens e os ventos e sob as pontes e sob