Funk e Gênero

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O funk carioca, popularmente, conhecido por sua vulgaridade e promiscuidade, acaba por tratar de algumas questões de gênero. Como houve uma recente polêmica a cerca da composição do rapper paulistano, Emicida, cujo título é “Trepadeira”, que gerou várias críticas de militantes feministas na rede social do rapper, com base de que “o recado de Emicida é que não se deve tratar bem (regar, cuidar) uma mulher trepadeira. Esse discurso é desumanizante, diminuindo a mulher apenas à vida sexual, desconfiando da dignidade em razão da quantidade de parceiros, julgando como não confiável uma mulher só porque ela não se submete a ser o "amuleto da sorte" do personagem (ele também usa a expressão "trevo de três folhas")”.¹ E o Emicida replicou alegando, que como se tratava de uma música, trata-se de uma história fictícia. E continuou dizendo, que a “trepadeira” deveria ser interpretada como uma continuação da música “Vacilão”, pois nesta música, a história contava um relacionamento de um casal, que enquanto a mulher era completamente fidedigna, o “vacilão” acabou se envolvendo com outras mulheres e magoou a companheira. “Em "Trepadeira", nosso vacilão passa pelo que fez uma garota passar, dessa vez ele a queria só para si, e a garota em questão não estava na mesma vibe, logo temos ali a perspectiva de um cara decepcionado, incapaz de perceber que estava passando pelo que fez outra pessoa passar antes.”² E continuou dizendo, “embora pareça óbvio para nós, muitos não conseguem entender que os corpos das mulheres são das mulheres e ponto final. Compreendo que esse ponto é um tabu e que minha opinião sobre o tema não é a da maioria na sociedade machista e patriarcal em que vivemos...E, vale lembrar, lutamos do mesmo lado.”³
Retratando um tanto historicamente, o funk carioca teve inicio no subúrbio em meados da década de 70 influenciado pelo soul e por James Brown, era um funk importado, que “por volta de 75 foi apelidado pela imprensa de Black Rio” (VIANNA, Hermano, O Baile Funk

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