a vida e nossa
A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro:
Identidade, feminismo e indústria cultural
Por Mariana Gomes Caetano
Projeto de Mestrado apresentado ao programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades
(PPCULT)
Linha de pesquisa: Mediações, saberes locais e práticas sociais
Possíveis orientadores(as):
Adriana Facina Gurgel do Amaral
Ana Lucia Silva Enne
Marildo Jose Nercolini
DELIMITAÇÃO DO TEMA
O movimento funk tem ganhado o mundo. Com diversos tipos de enfoques, batidas, temáticas e letras, o funk não é mais exclusividade do território carioca. Hoje chamado de música eletrônica brasileira ao redor do mundo, as produções estão cada vez mais sofisticadas – embora equipamentos de primeira linha sejam quase que exclusividade de alguns artistas. As mulheres também têm conquistado cada vez mais espaço no mundo funk carioca 1.
A relação entre a cena cultural do funk e o território carioca tem sido observadas pela antropologia e por outras áreas desde a década de 1980. Entretanto, o papel desempenhado pelas mulheres carece de abordagens mais profundas. Como qualquer relação que permeie o funk, as cantoras e dançarinas do funk também deparam-se com contradições e especificidades dos mais diversos tipos. A comparação entre as formas de representação das mulheres ligadas ao funk carioca em no espaço midiático como um todo, bem como nas letras das músicas e espaços de fruição do funk, ambiente cuja liderança é predominantemente masculinizada, no qual as mulheres estão pouco presentes em lugares de destaque e quase nunca apresentam papel protagonista, a não ser quando a temática é sexual.
Não se trata de acusar o funk carioca de machismo ou sexismo, mas sim, analisar as relações entre gêneros e os problemas que orbitam em torno do assunto neste ambiente. Não se pode deixar de citar que as mulheres não protagonizam quase nenhum ambiente musical/cultural relacionado à cultura das ruas. No caso de