Funk e Educação
História das formas artísticas e literárias no Brasil
Gabriel K. de Mello
Educação e Funk
A palavra “Funk” tem sua origem nos “anos 70” quando associada ao ritmo norte-americano, popularizado por James Brown. Mas ao ouvirmos a mesma palavra atualmente, lembraremos de outras imagens e ícones antes do difusor de “I feel good”. Na década seguinte a cena “Black Music” passa por uma pequena substituição de ritmos. Gradualmente, o Hip-Hop, movimento criado por Afrikaa Bambataa, começa a tomar o lugar do dançante ritmo, pois este vai perdendo um pouco dos seguidores, graças a processo que tornavam as bandas e grupos mais comerciais e eletrônicos. O rap seria a “parte musical” dentro do hip-hop e funciona a partir do ritmo (no início totalmente por batidas eletrônicas) e da poesia (versos cantados ou falados em cima dessas batidas). Mesmo sendo “inventado” na Jamaica, o rap é sempre lembrado como um ritmo norte-americano, devido a grande influência que exercia e exerce nas periferias. Com essas popularização nas periferias, vertentes e ramificações do ritmo são criadas, adaptadas e disseminadas. Uma delas parece querer revitalizar o “antigo Funk” (o de George Clinton e James Brown), no seu quesito dançante: o Miami Bass. Sai da Florida e chega mais especificamente ao Rio, como o próprio nome de “Funk”. Já no Brasil, graças ao trabalho de discotecagem de Ademir Lemos, Messiê Limá e Big Boy, os funks tomam conta dos bailes da época. No início dos anos 90 como uma música mesmo nos diz “Já é sensação” em festas. O Funk faz parte de uma cultura chamada diaspórica, esta que é formada na mistura, não é algo único, totalizante e de exclusividade africana, ou seja, assim como não é uma criação totalmente norte-americana, não é também totalmente africana. Vemos por meio da dança, da sensualidade, do batuque a presença de toda uma africanidade do ritmo. Como é diaspórica, ela sofreu com inúmeras influências por estar sempre em meios diferentes