FUNK DA ESCOLA PRA RUA: uMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO MUSICAL ANTIRRACISTA
UNIVERSIDADE FEEVALE
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1. Introdução
A história musical do Brasil é marcada por genocídios e ressignificaçoes culturais. A música negra foi o principal alvo das elites colonizadoras desse país. Praticas musicais como o lundu, o samba, o pagode, hip-hop, rap e mais atualmente o funk, foram alvos da crítica musical e pelo estado brasileiro marcada por suas noções preconceituosas e de bom gosto estético.
No entanto, mesmo não tendo seu valor cultural reconhecido pelas elites culturais do país, a musicalidade negra sobreviveu através dos batuques, das casas de religião de matriz africana, dos blocos afros, das escolas de samba, dos pagodes no fundo de quintal, enfim, as expressões musicais marginalizadas buscaram formas de sobreviver aos constantes ataques dos formadores de opinião. O movimento negro organizado, a intelectualidade negra considerou e ainda consideram que o racismo tem a capacidade de se renovar. Por essa razão, a educação brasileira dos negros e dos afrodescendentes e suas historicidades devem fazer parte do currículo escolar, pois vivemos em uma sociedade comprovadamente racista. Foi por essa e outras razões de combate ao racismo que surge a lei 10.639/2003 que visa mostrar a contribuição negra e afrobrasileira na formação cultural, social, econômica, educacional e política no currículo escolar das redes tanto privada quanto pública. Passados 10 anos da referida lei, percebesse que ainda falta uma política em todos os setores da educação brasileira passando pelas escolas, universidades e centros de formação de professores que faça com que a lei seja cumprida.
O projeto Funk da Escola pra Rua visa articular a historicidade negra do funk com a valorização das musicalidades,