Fungos na Medicina
Quando associamos fungos e medicina, a primeira coisa que a maioria pensa é: micose. De fato, os fungos são responsáveis por diversas doenças, incluindo as micoses, que são infecções superficiais ou profundas, dependendo do tipo de fungo e da região afetada. Durante o processo infeccioso os fungos alimentam-se de gordura ou queratina, uma proteína presente na pele, unhas e pelos. As micoses profundas podem atingir órgãos como pulmão ou olho e geralmente ocorrem em pessoas debilitadas, por exemplo, pacientes em quimioterapia.
Os fungos também produzem micotoxinas que podem contaminar alimentos consumidos por humanos e animais. Micotoxinas são substâncias derivadas do metabolismo secundário de alguns fungos, que conferem vantagens competitivas sobre outros fungos e bactérias. São citotóxicas, provocando ruptura da membrana celular e interferindo nos processos de síntese de DNA, RNA e proteínas. Uma das micotoxinas mais conhecidas chama-se aflatoxina, produzida por espécies de Aspergillus, e contamina principalmente semente oleaginosas, como amendoim e noz, e seus produtos derivados. Por isso sempre ouvimos que não é recomendado ingerir amendoim de origem duvidosa, como aqueles vendidos na praia. Vale lembrar que os fungos necessitam de condições de temperatura e umidades adequadas ao seu crescimento, por isso a melhor prevenção é o correto armazenamento dos alimentos.
Porém, existem benefícios advindos dos fungos! Eles já propiciaram uma grande descoberta para a humanidade: a penicilina. Este antibiótico, substância que mata ou inibe o metabolismo de bactérias, foi descoberto por acaso em 1928 por Alexander Fleming e propiciou uma revolução na medicina, combatendo infecções que antes eram letais. A história conta que, em seu laboratório,