mapa conceitual fungos
Da penicilina ao tratamento de câncer
Saiba como os fungos são importantes na produção de medicamentos Maria Antonieta Ferrara, da Fiocruz, faz pesquisas com fungos para o tratamento de câncer. A penicilina foi o primeiro passo para a utilização de fungos na produção de medicamentos. Sua descoberta foi um grande feito, não só por ter revolucionado a medicina da época, mas por ter aberto o caminho para a produção de uma série de fármacos que estão sendo investigados até os dias de hoje, como, por exemplo, a possibilidade de um remédio anticancerígeno, feito à base de fungos, pesquisado pelo Instituto de
Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), unidade técnico-científica da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Alexander Fleming, pesquisador escocês, descobriu a penicilina “por acaso”. Ao viajar, em 1928, em um feriado com a família, esqueceu em seu laboratório uma cultura de bactérias chamadas estafilococos. Com o passar dos dias, uma colônia de fungos se instalou ao redor das bactérias. Fleming percebeu que a colônia de um fungo específico, mais tarde denominado Penicillium Notatum, tinha transformado a cor das bactérias. Ele investigou essa mudança de cor e percebeu que as bactérias estavam mortas.
Na ocasião, seus colegas pesquisadores não deram a devida importância à descoberta. Ele continuou se aprofundando em sua pesquisa, até descobrir que uma colônia líquida de mofo (conjunto de fungos) do gênero Penicillium inibia também o desenvolvimento dos estafilococos.
O empenho de Fleming não foi suficiente para ganhar apoio financeiro e seguir com suas pesquisas. Seu feito só teve resultado para a sociedade, anos depois, quando em 1942, ele injetou a penicilina em um amigo que estava à beira da morte com uma infecção, e o salvou. Isso chamou a atenção de três pesquisadores: Howard Walter Florey, Ernest Boris Chain e Norman Heatley.
Eles foram os responsáveis pela transformação da