fundamentos psicodiagnóstico
CENÁRIO
Diante da forma de viver acentuadamente estimulada pela sociedade do “parecer ser”, da cultura ao exibicionismo, do descartável, superficial, provisório, individualista, da vida virtual, do “ter” como fundamento para existir, ainda ficamos perplexos diante da violência que ronda nossas vidas: é a entrada em casa que precisa ser monitorada, a saída dela, o ir e vir, no carro, na rua, os espaços nunca antes imaginados como propícios à violência se tornaram eminentemente perigosos, até mesmo uma sala de aula.
Diante do analfabetismo moral1 que vivemos, onde a vida vale muito pouco, nasce-se sem referenciais e se tem medo do próprio semelhante, tornando-se comuns vítimas uma violência banal cada vez mais precocemente invadirem os noticiários. Destaca-se, não se passa a adolescência sem referenciais, mas nasce-se sem eles.
Segundo Cortella (2005) vive-se o império do medo, o pavor do homem em relação ao outro homem, vivencia-se um processo de desconfiança mesmo dentro dos lares, isso se reflete nas relações em sociedade de forma brutal e violenta colocando em xeque a capacidade humana de se relacionar e bem viver em sociedade.
Pode-se ainda olhar com atenção para o fenômeno das drogas, da contravenção, do crime organizado, das milícias, das inexistentes figuras que possam assumir o papel de autoridade nas famílias e em outras instituições, e ainda, do fenômeno da culpabilização por esse cenário: a culpa é da família, a culpa é da escola, a culpa é do adolescente, a culpa é da igreja, a culpa é do Estado, da ausência de políticas públicas...a culpa é da falta de Deus... enfim, a culpa é das estrelas... “assim fica bem longe de todos nós”.
Aproximando um pouco mais a lente de aumento, e voltando-se para uma realidade bem próxima, neste cenário estão os mais de mil cursistas que todo ano vivem a experiência do TLC. E se aproximando mais ainda, desses, pelo menos trezentos e cinquenta são adolescentes que vivem a