Fundamentos de auditoria
ORIGEM
Segundo o ilustre professor A. Lopes de Sá, o termo auditor, evidenciando o título de quem pratica esta técnica, tenha aparecido nos fins do século XIII, na Inglaterra, durante o reinado de Eduardo I.
Pratt cita que a “Joint Stock Companies Act” , de 1844 foi a primeira lei estabelecida especificamente para regular a atividade empresarial. Em um de seus artigos ela requeria a designação de um auditor para avaliar apenas o balanço patrimonial da organização. Naquela época não havia a intenção de auditar os demais demonstrativos contábeis, inclusive a demonstração de resultados porque o seu objetivo era tão-somente atender as preocupações dos banqueiros em assegurar-se que as empresas possuiam condições de honrar suas dívidas (PRATT, 1993, p. 15).
“A auditoria contábil surgiu em nosso país como parte do sistema capitalista. No início, as empresas eram fechadas e pertenciam a grupos familiares. Com a expansão do mercado e a acirrada concorrência, surgiu a necessidade da empresa ampliar as suas instalações, investir no desenvolvimento tecnológico e aprimorar os controles e procedimentos internos em geral, principalmente objetivando a redução de custos, na intenção de tornar seus produtos mais competitivos no mercado”.
Como conseqüência, as demonstrações contábeis passaram a ter uma importância muito grande para os futuros aplicadores de recursos. Como medida de segurança contra a possibilidade de manipulação de informações, os futuros investidores passaram a exigir que essas demonstrações fossem examinadas por um profissional independente da empresa e de reconhecida capacidade técnica, a exemplo do que já era feito nos EUA, na Inglaterra e em outros países de economia desenvolvida.
A importância da auditoria contábil para o mercado financeiro pôde ser percebida quando o escândalo envolvendo empresas americanas gerou uma forte crise de credibilidade e afetou seriamente o mercado