FUNDAMENTA O TE RICA SOBRE JOGO E BRINCADEIRA
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE JOGO E BRINCADEIRA O homem busca na ação, imitação, representação e reflexão formas de expressar e compreender o seu contexto social, político e cultural, procurando, assim, influenciar e transformar a realidade. Do ponto de vista histórico, a conceituação do jogo como ação e feita a partir da imagem de criança presente no cotidiano de uma determinada época. O lugar que a criança ocupa em um contexto social permite compreender melhor o seu brincar. Os termos criança e infância podem ser identificados como sinônimos, porem existem algumas diferenças que precisam ser analisadas. A palavra criança do ponto de vista etimológico e de origem latina – creator – creatoris – cuja definição e um ser humano de pouca idade sobre o qual se ignoravam sua condição social de vida. Já a palavra infância, também de origem latina – infans – infantis – significa aquele que não fala. Segundo Aries (1981), a concepção de infância e criança sempre esteve ligada aos modelos da sociedade. Para esse autor, ate por volta do século XII, havia um desconhecimento do que vinha a ser infância. Poucas eram as crianças que sobreviviam a falta de higiene e cuidados. Muitas nasciam, porem poucas conseguiam sobreviver. A sociedade desse período não se detinha em torno da infância, preservando-a e cuidando dela. A infância era apenas um período de transição e a criança que morria não era digna de lembrança.
Como surgiu a concepção de infância? De acordo com Aries (1981), em diferentes períodos históricos e formas de organização econômica e social da sociedade, prevaleceram distintas concepções do mundo infantil. Assim, a concepção de infância que temos hoje resulta de um longo processo cultural e histórico. O mundo antigo tinha representações genéricas sobre a condição infantil. Neste período, o papel das crianças era definido pelos pais, cujo direito sobre os filhos era total, cabendo‑lhes ate mesmo o poder de vida ou morte. Na Idade Media,