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Teoria da Narrativa – Prof. Virgínia
Resenhado por Érica Tiodosio
Resenha
Corseuil, Anelise Reich. “Literatura e cinema”. Em Bonnici, Thomas; Zolin, Lúcia Osana (orgs) (2009). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3ª ed. Maringá: Eduem.
A autora inicia esse capítulo falando do principal questionamento que as pessoas têm quando uma obra literária é adaptada ao cinema que é a questão da "fidelidade", ou seja, se o filme é idêntico ao romance no qual se baseia. Isso gera certa expectativa no leitor do romance o que faz com seja estabelecida uma hierarquia entre o filme e o texto que o inspirou. Dessa forma, o filme passa a ser dependente do romance que é tido como a obra original.
Tal pensamento é um problema porque, segundo a autora, essa comparação acaba por excluir qualidades que o filme possui como obra independente.
A partir disso, é feita uma crítica em relação às adaptações que são fiéis à obra porque elas tendem a simplesmente repetir os diálogos e assim deixando de lado os significados próprios das adaptações. Entretanto, esses filmes podem ser positivos em relação às pessoas que querem consumir romance mais facilmente.
A partir dessa perspectiva, fazer análises observando apenas o grau de fidelidade do filme tende a excluir elementos cinematográficos que diferenciam a linguagem literária da linguagem cinematográfica, a qual é predominantemente visual.
Sendo assim, fazer comparações entre e o filme e obra torna-se útil quando levadas em consideração as características e similaridades de cada uma.
Em relação à imagem, Bluestone diferencia "imagem mental", a qual diz respeito ao texto literário, de "percepção da imagem visual" a qual é proporcionada pelo filme, ou seja, durante uma leitura, o esforço para criar imagens é muito maior do que no filme, pois este já nos traz imagens prontas.
Mesmo que até agora tenhamos abordado apenas filmes adaptados, é importante deixar clara a