Frida Kahlo e o Belo Artístico
Analisar as obras de Frida Kahlo é entender que seu modo de construir a arte foi bordado por seu espírito. Uma vez que se retratou como modelo para seus próprios quadros, deixou perpetuar características próprias da sua alma; exteriorizando em suas telas seus anseios mais íntimos. O princípio disso, ocorreu quando sua mãe pendurou um espelho em cima de sua cama, no período de adoecimento recorrente ao acidente. Eis a razão por sua tão conhecida frase: "Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor". Pode-se dizer que seria este então, em outras palavras, o conceito de belo artístico tão falado pelo pensador Georg Wilhelm Friedrich Hegel, em sua obra A Fenomenologia do Espírito, pois cita o seguinte: ‘’O belo artístico é superior ao belo natural, por ser um produto do espírito que, superior à natureza, comunica essas superioridades aos seus produtos e, por conseguinte, à arte; por isso é o belo artístico, superior ao belo natural. Tudo quanto provém do espírito é superior ao que existe na natureza’’, ou seja, o filósofo enfatiza o belo artístico, por ser produto da alma, mas isso não é traz ao belo natural inferioridade alguma; há entre os dois o que se pode chamar de diferença qualitativa. Segundo Hegel, a ideia quando não vinculada a algum sentido, vinda apenas da forma, ‘’se comporta arbitrariamente para com a matéria exterior, natural e, incapaz de se harmonizar com ela, torna não-naturais as próprias formas naturais, atraiçoa a matéria, violenta-a, introduz nela o desmedido’’, ou seja, o naturalmente belo, por estar apenas associado ao ser e não possuir em sua essência algum outro conceito, essa beleza perde seu principal adjetivo, a naturalidade. Para explicar melhor seu pensamento a cerca do tema, Hegel divide a ciência do belo artístico em três seções principais:
‘’1º. Teremos, primeiro, uma parte geral que terá por objeto a ideia geral do belo artístico enquanto ideal, bem