Freqüência de erros ortográficos em crianças de 4ª séries de nível sócio-econômicos diferentes: um estudo de caso controle.

[pic]
INTRODUÇÃO
[pic]

Uma breve história da escrita A espécie humana utilizou basicamente quatro meios para fazer registros ou transmitir informações: os pictogramas, os ideogramas (ou escrita analítica), os silabários e o alfabeto. As representações pictóricas eram desenhos que representavam analogicamente objetos e eventos. Posteriormente, estes deram lugar à escrita analítica com seus ideogramas ou logogramas, que eram representações utilizadas e padronizadas, que permitiam a identificação correta dos sinais. Os mais antigos achados arqueológicos apontam que os pictogramas e ideogramas datam do terceiro e quarto milênio a.C. A escrita analítica parece ter surgido inicialmente na Suméria, China e Egito. A passagem dos ideogramas para os sistemas silábicos e alfabéticos ocorreu com a necessidade de incorporar, dos registros escritos, elementos das línguas faladas. Os primeiros sistemas silábicos parecem ter surgido aproximadamente 1500 anos depois da escrita analíticas, em cerca 2800 a.C. A expressão que diz: “uma imagem diz mais que mil palavras”, indica que a comunicação baseada exclusivamente em desenhos e que deve ser processada pela via exclusivamente visual-semântica possui falhas de polissemia, ou seja, de multiplicidade de significados passíveis de atribuição às figuras. O rebus foi uma idéia que funcionou como um importante recurso para reduzir a polissemia das figuras em escritos compostos fundamentalmente de figuras com valor semântico. O rebus consistia no uso de figuras não por seu valor semântico, mas pelo seu valor fonético. A invenção do sistema de escrita alfabética foi devida à percepção de que a escrita poderia ser organizada mais eficientemente se cada som individual fosse representado por um sinal específico. Os primeiros alfabetos foram inventados no Oriente Próximo em cerca de 1500 a.C. onde representavam apenas sons consonantais deixando de lado as vogais. A invenção do alfabeto é atribuída, de modo incerto, aos