frei luis de sousa resumo
ATO I
CENA I
Monólogo (Madalena):
Madalena está só. Medita. Ela já não pode ler. São “Os Lusíadas” e o episódio de
Inês de Castro. Tal como Inês, também ela sofre. O destino parece querer destroçá-la.
Ela queria viver “com paz e alegria de alma”. Em vão: os terrores, as dúvidas teimam em fazê-la infeliz. Madalena ama Manuel. Sempre o amou, mesmo ainda em vida de D.
João de Portugal. Daí o remorso, as constantes preocupações em que sempre está. A dúvida não a deixa ser feliz. Por isso Madalena medita. E há um paradoxo na afirmação final: “Oh! Que amor, que felicidade... que desgraça a minha!”
CENA II
(Madalena, Telmo Pais)
Também Telmo aprecia “Os Lusíadas”. A ação desta personagem é nefasta para
Madalena. Telmo é o sebastianista que, além de acreditar no regresso de D. Sebastião, acredita, também, que o seu antigo amo não morreu. Madalena sofre por isso. As profecias e acusações do aio deixam-na abalada. Exerce uma pressão muito grande sobre Maria, nascida de um grande amor. Maria é precoce, frágil, doente. A tuberculose mina-a. Telmo compreende essa verdade e tenta iludir a pobre mãe. Ele foi e continua a ser o aio fiel. Já o era no tempo de D. João. Telmo condena Madalena por ter casado segunda vez e por ter sempre amado Manuel de Sousa Coutinho. Telmo chega ao ponto de afirmar que Maria era “digna de nascer em melhor estado...”. E, porque crê que o amo está vivo, Telmo não se coíbe de atormentar a pobre Madalena, que fica aterrorizada com estes desejos. Ela só pensa na sua felicidade conjugal, na sua filha e na paz e segurança em que desejaria viver e não vive. Pede a Telmo que não destrua a tranquilidade de sua filha com palavras e leituras “tão fora da sua idade e do seu sexo”.
Ele só alimenta a curiosidade de Maria que é tão doente. Telmo promete emendar-se.
Não deixará que a sua menina sofra por causa dele.
CENA III
(Madalena, Telmo, Maria)
Maria entra em cena. Pergunta a Telmo pelo livro que lhe prometeu