Resumo 1º, 2º e 3º acto frei luis de sousa
A dúvida para Descartes Descartes parte da dúvida metódica e radical para encontrar um conhecimento indubitável (não há duvida) que possa servir de princípio à sua filosofia. Considera o “eu penso” a primeira ideia indubitável, a partir da qual afirma a necessidade da existência de Deus como criador do ser humano e das ideias inatas (que gravou no seu espirito). Concluiu que a bondade e a perfeição divina são a garantia de que a razão humana, se não se precipitar e se só aceitar como verdadeiras as ideias claras e distintas ou as que delas poderem ser inferidas dedutivamente, não cairá no erro.
Existência de Deus para Descartes A ideia de um ser perfeito não pode ter origem em mim porque sou imperfeito. Descartes, aplica aqui, o conceito de causalidade, segundo o qual o efeito de uma causa tem de corresponder à natureza dessa causa. A ideia de perfeição que existe em mim só pode ter sido colocada por um ser perfeito que não possuo, tenho de aceitar a existência de um ser que seja a sua causa. A perfeição de Deus é a garantia de que é verdadeiro o conhecimento apreendido com clareza e distinção.
Ideias inatas, adventícias e factícias Descartes distingue 3 tipo de ideias: inatas, adventícias e factícias. As ideias adventícias (tem a ver com os sentidos) são aquelas que nos chegam a partir dos sentidos, as factícias são provenientes da nossa imaginação, uma combinação de imagens fornecidas pelos sentidos e retidas na memoria cuja combinação nos permite representar (imaginar) coisas que nunca vimos. Descartes acredita que para alem das ideias adventícias e factícias os homens possuem ideias inatas, ideias que, nascidas connosco, são como que a marca do criador no ser criado à sua imagem e semelhança. Estas ideias inatas (estão no nosso espirito), claras e distintas, não são