Frações
INTRODUÇÃO No período republicano, entre 1891 a 1930, o processo educacional brasileiro desenvolveu-se sob os conflitos ideológicos: as elites liberais e anti-clericais de um lado e a liderança católica de outro. Esta última reage em busca da reinserção de seus princípios religiosos e morais, no processo político educacional. Ambos, ideologicamente, proclamaramse autênticos representantes das reivindicações da maioria da população, que apresentava um percentual de 75% de analfabetos. Ao considerar que a educação brasileira, neste período, encontra-se amalgamando os interesses das elites, principalmente, da oligarquia cafeeira, confirma-se que ambos os grupos em conflito estão distantes das reivindicações populares e empenhando-se para impor seus princípios como necessários à população. Tal conflito possibilita o fortalecimento do Estado, que proclama-se o mediador para o bem estar de toda população brasileira. Em 1930, Vargas assume o cargo de Chefe do Governo Provisório, com objetivo político-administrativo de reconstruir a pátria de todos os brasileiros. Nas palavras de Germano Jardim1, Vargas buscará governar para “sanear e a educar o Brasil,(...)[entretanto,] entre as reformas de maior vulto [está] a organização do Ministério da Educação e Saúde Pública” (IBGE, 1941: p. 230). Na Assembléia Nacional Constituinte, em 15 de novembro de 1933, Vargas declara que “(...) ao balancear, na primeira parte desta Mensagem, as realizações do regime monárquico, deixei acentuado que o país, depois de meio século de vida política independente, estava ainda com os dois problemas capitais da sua organização para resolver: o trabalho e a educação” (IBGE, 1941:p.
1). O