Fraudes no Seguro
Fraus omnia corrompit
(A fraude corrompe tudo – ditado romano)
Claudio Contador
Diretor Acadêmico da Escola Superior Nacional de Seguros – ESNS e Diretor de Ensino Superior e
Pesquisa da Fundação Escola Nacional de Seguros. Autor e coautor de treze livros e mais de duzentos artigos publicados em revistas técnicas especializadas no Brasil e exterior. Ph.D. em Economia pela
Universidade de Chicago, possui grande experiência como membro de diversos conselhos, empresas e instituições. É Professor Titular (aposentado) de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro
– UFRJ. claudiocontador@esns.org.br Resumo
Ao contrário do roubo e da lavagem de dinheiro, a fraude está baseada num contrato ou acordo de boa fé, em que uma das partes, ou mesmo uma terceira parte, forja ou rejeita eventos para extrair vantagens financeiras de outra parte. Muitas vezes, a parte que termina sendo prejudicada sabe que está participando de uma operação com benefícios financeiros anormais ou de um ato ilegal. Por isto e por vergonha, muitas fraudes não são denunciadas. As perdas com as diversas modalidades de fraude superam um trilhão de dólares. No seguro, especificamente, as evidências apontam para algumas centenas de bilhões de dólares. Nos Estados Unidos, atinge mais de US$ 250 bilhões, aí incluída a fraude ao seguro social. A fraude contra o seguro privado está na faixa 7-9% dos prêmios nos EUA. Já na
Europa, o Comitê Europeu de Seguros estima que a fraude atinja aproximadamente 6% dos prêmios.
Palavras-Chave
Fraude no seguro, detecção de fraude, custo da fraude, sinistros.
Sumário
1. Primórdios e Alguns Relatos. 2. Ingredientes e Tipos de Fraude. 3. Registros e Estatísticas. 4. Custo da Fraude. 5. O Combate à Fraude. 6. Referências Bibliográficas.
Texto correspondente ao Capítulo X, da nova versão em preparação do livro Economia do seguro. São Paulo:
Editora Atlas, do autor.
1
R. Bras. Risco e Seg., Rio de Janeiro, v. 7, n. 13, p.