Fratura de Colles
A fratura de Colles é a fratura mais frequente do ser humano. Em mais de 90% dos casos deve-se a uma queda ao caminhar. A fratura recebe o nome em homenagem a Abraham Colles (1773- 1843), um cirurgião irlandês, que foi a primeira pessoa a descrevê-la. Colles descreveu a fratura oitenta anos antes do aparecimento do Raio X e não teve oportunidade de a dissecar, limitou-se a descrever o que viu - a deformidade externa. A única especulação que fez (e também o único erro que contém o seu escrito) foi tentar definir a localização do traço de fratura, não referindo idades para a sua ocorrência. A zona distal do rádio concentra o maior número de fraturas observadas num serviço de urgência de ortopedia, do total 95% são fraturas de Colles (também pode ser conhecida como: Fratura por angulação e fratura transversa do punho). A fratura de Colles ocorre na extremidade distal do rádio, próximo ao punho, e caracteriza-se pelo desvio dorsal do fragmento distal. * Idade (dos 50 anos em diante) — muito frequente, forte predomínio feminino. Domina o quotidiano clínico, não só pela frequência: acima de tudo porque responde frequentemente mal ao tratamento de rotina. É provocada por baixas energias; Tem fragmentação discreta; Atinge quase exclusivamente o sexo feminino, e surge exatamente quando este começa a sofrer a osteoporose pós menopáusica. Na mulher idosa osteoporótica, a fratura ocasiona esmagamento irreversível e proporcional ao grau de osteoporose.
CAUSA: Acontece quando a vítima cai para frente e tenta amortizar a queda usando as mãos. O impacto da mão contra o solo e o aumento repentino do peso do corpo sobre o punho provocam a curvatura forçada das extremidades do rádio e do cúbito (os dois ossos do antebraço) logo acima do punho. Normalmente tem a aparência de um dorso de um garfo.
Figura 1: Fratura de Colles
Em 97 % dos casos a fratura é unilateral e ocorre ligeiramente mais vezes do lado esquerdo.