Francos
O reino franco passou por várias partilhas e repartições, já que os francos dividiam sua propriedade entre os filhos sobreviventes, e como não tinham um senso amplo de uma res publica, conceberam o reino como uma grande extensão de uma propriedade privada. Essa prática explica em parte a dificuldade de descrever com precisão as datas e limites físicos de quaisquer um dos reinos francos e quem reinou sobre as várias seções. A retração da alfabetização enquanto os francos reinaram agrava o problema: eles produziram poucos registros escritos. Em essência, no entanto, duas dinastiasde líderes sucederam uma a outra, primeiro os merovíngios e depois os carolíngios. Os merovíngios
Os reinados dos primeiros chefes francos—Faramond (cerca de 419 até cerca de 427) e Clódio (cerca de 427 até cerca de 447)—parecem ser mais mito do que factos, e sua relação com a dinastia merovíngia permanece incerta.
Gregório menciona Clódio como o primeiro rei que começou a conquista da Gália tomando Camaracum (hoje Cambrai) e expandiu a fronteira até o rio Somme. Isso provavelmente levou algum tempo; Sidônio relata que Aetio (ou Aécio) surpreendeu os francos e os rechaçou (provavelmente por volta de 431). Esse período marca o início de uma situação que ía durar por muitos séculos: os francos germânicos se tornaram líderes sobre um número cada vez maior de subalternos galo-romanos.
Em 451, Aetio apelou para seus aliados germânicos em solo romano para o ajudar a repelir uma invasão dos hunos. Os francos sálios responderam ao chamado, os ripuários lutaram em ambos os lados visto que alguns deles viviam fora do império. As fontes de Gregório de maneira hesitante identificam