Fragmentação de sólidos
A forma via oral constitui a mais comum para administração de fármacos para efeitos sistêmicos, as formas farmacêuticas sólidas, sobretudo os comprimidos, são as mais usadas, pois permitem a administração de uma dose única e exata do fármaco, além de apresentarem alta produtividade e custos mais baixos. Os comprimidos são obtidos industrialmente por três processos: Na granulação úmida os pós são transformados em massa úmida, pela adição de um aglutinante. Esta é granulada, seca, calibrada e lubrificada, antes de ser comprimida, que tem como objetivo otimizar as propriedades de fluxo, evitar segregação durante as etapas posteriores do processo, minimizar variações de granulometria de diferentes lotes de matérias-primas, além de reduzir os riscos que o manuseio e inalação de pós finos causam à saúde. A granulação seca envolve a compactação ou pré-compressão dos componentes da formulação seguida de granulação seca, empregada para fármacos passíveis de sofrerem algum grau de degradação pela ação da umidade ou da temperatura empregadas no processo de obtenção por granulação úmida. A compressão direta é o processo pelo qual misturas de princípios ativos e excipientes adequados, são comprimidas diretamente, sem a necessidade de um pré-tratamento, como ocorre na granulação úmida ou seca. Apesar da compressão direta apresente vantagens atrativas para a indústria farmacêutica depende de considerações cuidadosas em relação às propriedades dos fármacos e à escolha dos excipientes envolvidos, visando à otimização das características de compressibilidade e fluidez da mistura de pós. Como nem sempre é possível obter misturas diretamente compressíveis e como a maior parte dos excipientes disponíveis atualmente deixa de atender a estas exigências de funcionalidade, o processo de granulação úmida ainda encontra grande aplicabilidade, pois elimina