Fractais
A ciência dos fractais apresenta estruturas geométricas de grande complexidade
e beleza infinita, ligadas às formas da natureza, ao desenvolvimento da vida e à própria
compreensão do universo. Os fractais são, portanto, imagens de objectos abstractos que
possuem o carácter da omnipresença por terem as características do todo infinitamente
multiplicadas dentro de cada parte, escapando assim, da compreensão na sua totalidade
por parte da mente humana.
O termo fractal foi introduzido em 1975 por Benoît Mandelbrot, matemático
francês nascido na Polónia, que descobriu a geometria fractal na década de 70, a partir
do adjectivo latino fractus, do verbo frangere que significa quebrar: criar fragmentos
«Eu cunhei a palavra fractal do adjectivo em latim fractus. O verbo
em latim correspondente frangere significa quebrar: criar fragmentos
irregulares, é contudo sabido que, além de significar quebrado ou partido
fractus também significa irregular. Os dois significados estão preservados
em fragmentos.» [Mandelbrot (1982)]
Um fractal é um objecto geométrico que pode ser divido em partes, cada uma
das quais semelhante ao objecto original. Diz-se que os fractais têm infinitos detalhes,
são geralmente auto-similares e não dependem de uma escala. Em muitos casos, um
fractal poder ser gerado por um padrão repetido, tipicamente um processo recorrente ou
Mandelbrot (1982) constatou, ainda, que todas estas formas e padrões, possuíam
algumas formas características comuns e que havia uma curiosa e interessante relação
entre estes objectos e aqueles encontrados na natureza.
«Nuvens não são esferas, montanhas não são cones, os contornos dos
litorais não são arcos, a casca do tronco das árvores não é nada plana e
nem a luz sequer viaja sobre uma linha reta...» [Mandelbrot (1982)]
Um fractal é gerado a partir de uma fórmula matemática, muitas vezes simples,
mas que aplicada de forma iteractiva, produz