A esse respeito, Libâneo (1998), afirma que a escola com a qual sonhamos deve assegurar a todos a formação que ajude o aluno a transformar-se em um sujeito pensante, capaz de utilizar seu potencial de pensamento na construção e reconstrução de conceitos, habilidades e valores. Sabemos que a escola não é a "mola mestra de transformações sociais", mas entendemos o seu potencial na luta por uma sociedade mais justa e humana., levantando a bandeira da igualdade, do companheirismo e do bem-estar para todos, resultando em uma educação consciente, cidadã e emancipatória. A escola que forma para a cidadania deve contemplar alguns elementos básicos como criticidade e autonomia, inserindo-os em conteúdos escolares considerados relevantes para a formação do cidadão participativo e atuante em seu meio. A instituição escolar ao dar importância aos conteúdos revela um compromisso em garantir o acesso aos saberes historicamente acumulados, pois tais saberes influenciam o desenvolvimento, a socialização, o exercício democrático da cidadania e a atuação no sentido de refutar ou reformular os conhecimentos e as imposições de crenças e valores. Os conteúdos escolares que são ensinados devem, portanto, estar em harmonia com as questões sociais que marcam cada momento histórico. Sobre isso nos diz o autor: A escola precisa oferecer serviços de qualidade e um produto de qualidade, de modo que os alunos que passam por ela ganhem melhores e mais efetivas condições do exercício da liberdade política e intelectual (LIBÂNEO, 1998, p. 10). Por isso, a escola deve ser um espaço de formação e informação, onde a aprendizagem de conteúdos propicie a inserção do aluno no contexto das questões sociais marcantes e em um universo cultural maior.
3 um dos erros mais frequentes consiste em apelar para modelos educativos e aplica-losa toda realidade, considerando-a uniforme, como se fosse uma única realidade. Sendo a realidade multiforme devemos evitar de