foz coa
A arte rupestre do Vale do Côa, situa-se ao longo das margens do rio Côa, particularmente no concelho de Vila Nova de Foz Côa, que pertence ao Distrito da Guarda, Região Norte e sub-região do Douro, com cerca de 3100 habitantes.
Distingue-se pelo seu conjunto de gravuras em pedra que são datadas do Paleolítico Superior (22000 - 10000 anos a.C), instituindo o mais antigo registo de actividade humana de gravação existente no mundo. As gravuras estão desenhadas no xisto, onde foram utilizadas técnicas de picotagem e o abrasão. Representam essencialmente figuras animalistas (cavalos, bovídeos, etc). Uma das magnificas gravuras que se encontra na Penascosa, representa uma possível cena de acasalamento representando dois equídeos, em que as três cabeças do cavalo procuram transmitir a ideia de um movimento descendente do pescoço.
A arte do Côa foi descoberta oficialmente pelo Dr. Nelson Rebanda em 1995. Mas porque é que esta galeria de arte rupestre, tão grande, teve a sua descoberta só no fim do século XX? É muito simples, a maior parte das gravuras estavam escondidas debaixo da água do rio e só em 1994, quando o nível de água desceu, foi possível analisar melhor as gravuras e pinturas do Vale do Côa. Esta descoberta motivou uma acesa discussão sobre cultura (preservação de arte rupestre) e desenvolvimento (construção de barragem da EDP), mas a ideia da construção do empreendimento foi afastada, dando a oportunidade de conservar algo tão importante na história do Homem.
Reconhecido como um dos maiores museus de história natural ao ar livre de todo o mundo, com gravuras de qualidade estética única, foi classificado como Monumento Nacional em 1997 e Património da Humanidade em 1998 pela UNESCO segundos os critérios:
“… é uma ilustração excepcional do desenvolvimento repentino do génio criador, na alvorada do desenvolvimento cultural humano; demonstra, de forma única, a vida social, económica e espiritual do primeiro