Foucault
Michel Foucault é um autor que não visava destruir os sujeitos, mas apenas entender como eles se constituíam como tal. Uma das problemáticas de Foucault é referente aos sujeitos, que nem ''humanos'' são por serem racializados, homossexualizados.
Para Foucault, a criação dos sujeitos é dada pelas instituições e pela moralidade e sua crítica é relacionada a universalidade da ciência falar em nome de todos os sujeitos, dispensando a fala particular.
No que se refere ao seu texto ''Vigiar e Punir'', podemos dizer que encontramos nele incursões por entre esses espaços extremos da exclusão, do manicômio e prisão, com o objetivo de desentranhar a lógica da produção do silêncio de seus habitantes sem rosto.
'' Vigiar e Punir '' é uma virada na concepção de poder, visto que ele não opera apenas pela opressão, mas por outras formas mais amenas. A forma de repressão que era comum até então, pode ser chamada de jurídico-repressivo, visto que é baseada no medo e na punição, onde a punição funcionava como ordem, norma social. Pelo poder jurídico-repressivo, o poder tornou-se, de certa forma, uma negação, uma opressão, uma violência.
Aquém dessa concepção de poder, Foucault discorre sobre uma nova forma de poder, sendo ela mais perigosa que a jurídico-repressiva, devido ao fato de não ser visível. O poder disciplinar, que se opõe metodologicamente ao poder jurídico-repressivo, não é reconhecível, mas muito eficiente, visto que a vigilância é constante.
No poder disciplinar, as pessoas introjetam o poder e passam a vigiar a si mesmas. Essa nova forma de poder da sociedade disciplinar é oculta. Por exemplo: Um preso olha para a torre e sabe que esta sendo vigiado. No entanto, ''raramente'' ele tentará uma fuga, visto que não sabe se o vigia que fica na torre o está observando.
Não obstante, podemos dizer que o poder disciplinar passa a ser mais intenso a partir do século XX e que tem como formas de exclusão