Projeto ético político do Serviço Social
Os projetos profissionais são coletivos (respectiva categoria profissional); apresentam a auto-imagem de uma profissão; elegem os valores que a legitimam; delimitam e priorizam seus objetivos e funções; formulam os requisitos (teóricos, institucionais e práticos) para o seu exercício; prescrevem normas para o comportamento dos profissionais; estabelecem as balizas da sua relação com os usuários dos serviços, com as outras profissões e com as organizações e instituições sociais, privadas e públicas (NETTO, 1999);
Em suma, o projeto articula em si mesmo os seguintes elementos constitutivos: “uma imagem ideal da profissão, os valores que a legitimam, sua função social e seus objetivos, conhecimentos teóricos, saberes interventivos, normas, práticas, etc.” (Netto, 1999:98)
É através da sua organização (envolvendo os profissionais, as instituições que os formam, os pesquisadores, os docentes e os estudantes da área, seus organismos corporativos, acadêmicos e sindicais etc.) que um corpo profissional elabora o seu projeto. Se considerarmos o Serviço Social no Brasil, tal organização compreende o sistema CFESS/CRESS, a ABEPSS, a ENESSO, os sindicatos e as demais associações de assistentes sociais (NETTO, 1999);
Os projetos profissionais igualmente se renovam, se modificam devido as estruturas dinâmicas dos projetos que sempre procuram se adequar as transformações das necessidades sociais (NETTO, 1999);
PLURALISMO
O corpo profissional é uma unidade não-homogênea, uma unidade de diversos; nele estão presentes projetos individuais e societários diversos e, portanto, configura um espaço plural do qual podem surgir projetos profissionais diferentes.
Por existir uma heterogeneidade de profissionais, a formação de um projeto profissional hegemônico nunca suprirá todas as ideias dos profissionais, nunca será exclusivo, sempre haverá propostas de projetos alternativos;
O pluralismo deve se respeitado e abrir espaço pra debates e discussões;