projeto etico politico do serviço social
Existem poucos escritos, pouca produção teórica, o que encurta a discussão sobre o tema, mas não o torna menos importante, refere-se ao Projeto Ético Político da profissão do Serviço Social como uma discussão muito recente e de transição num momento de grande importância para a profissão, foi o período compreendido entre as décadas de 60 à 90, período marcado por enfrentamentos, pela consolidação do sistema capitalista e desencadeado pelas contradições entre capital e trabalho e pela denúncia do conservadorismo da profissão, momento da aproximação às perspectivas Marxistas.
Nasce então um novo projeto profissional baseado na recusa e critica do conservadorismo e do neoliberalismo, da totalidade das relações da questão social e busca pela emancipação humana como objeto do Serviço Social, passando a conceber uma visão macroscópica, cultural e conjuntural da realidade, deixando para trás a neutralidade e a visão romantizada de um período meramente assistencialista, passando a compreender o significado social e os valores da profissão, passa a orientar o fazer profissional dando ênfase especial à causa da classe trabalhadora antes dos interesses do capital.
A partir da década de 80 a classe dos trabalhadores se mobiliza e se organiza com os movimentos sociais emergentes, tanto mobilizações dos trabalhadores urbanos como a consciência dos trabalhadores rurais, organizações populares, reconhecimento de entidades representativas e movimentos sociais, contribuindo nesse contexto a atuação dos Assistentes Sociais, fortalecendo-os.
Um projeto profissional na perspectiva do Serviço Social precisa discriminar suas ideologias, não baseado nos valores do projeto societário vigente que é o do modo de produção capitalista, mas na produção da mais-valia, na exploração do trabalho, na discriminação dos indivíduos, exclusão social e nas contradições do cotidiano.
Enfim, compreende-se, sem grandes dificuldades, que a concorrência