OUVINDO DOIS ATORES DA INCLUSÃO: O PROFISSIONAL E A FAMÍLIA

OUVINDO DOIS ATORES DA INCLUSÃO: O PROFISSIONAL E A FAMÍLIA

A filosofia da Normalização partia da premissa básica de que pessoas com dificiências têm o direito de usufruir as condições de vida o mais comuns ou normais possíveis na sua comunidade, participando das mesmas atividades sociais, educacionais e de lazer que os demais. É importante ressaltar que a proposta não era, como erroneamente criticada, “normalizar o deficiente”, mas sim normalizar as condições de vida, ou melhor, trazer para o mais próximo possível do comunmente usado pelos demais indivíduos da população, os recursos e serviços a eles destinados (WOLFENSBERGER, 1972 apud GLAT, 2004, p. 21).

Neste pequeno artigo será exposto a importância da família na inclusão da Pessoa com Necessidade Especial, ou PNE, no meio social e escolar. Acompanhado deste trabalho encontra-se uma pesquisa de campo onde dois personagens centrais para a Educação Inclusiva revelaram os sentimentos mais comuns que rodeiam aqueles que acompanham a difícil jornada destes que tem necessidades especiais. Priscila Santiago, 30 anos, geógrafa e comissária de voo, hoje atua como Assistente de Projetos em uma ONG. Ela trabalha na capacitação profissional de pessoas com deficiência para melhor colocação profissional desses no mercado de trabalho. Kléber Farias, 45 anos, sargento do exército brasileiro, é pai de um filho com necessidades especiais. Segundo ele, seu filho “é deficiente intelectual e tem a idade cronológica acima da mental. Ele tem 16 mas é como se tivesse 3 anos”. Diante desses dois atores da inclusão vimos a importância de problematizar a Educação Inclusiva não apenas a partir do incluído ou da instituição educacional, mas que tanto o profissional quanto a família têm muito a dizer a respeito desse emergente movimento de transformação social.
A família é o primeiro e talvez o principal grupo social em que vivemos. É nela que aprendemos a construir nossa individualidade e independência. Por isso é