PÓS-MODERNIDADE

PÓS-MODERNIDADE
Bem, chegamos a nossa última aula desse bimestre e também a última aula em que nos dedicaremos a tratar especificamente da filosofia. Até aqui, como não poderia deixar de ser, nós estudamos as bases da filosofia, seus pensadores iniciais e fundamentos que ainda influenciam muito a forma como enxergamos o mundo.
Hoje nós daremos um salto muito grande no tempo. Passaremos da filosofia antiga para os dias de hoje. Abordaremos um tema muito complicado (por ser muito novo), mas muito importante, que aqui chamaremos de pós-modernidade. Respire fundo e venha comigo nessa última etapa.
Tempos de incerteza: A comunicação social e a crise da razão na contemporaneidade

Globalização; rompimento das distâncias; relações efêmeras; circulação de informações em tempo real; individualismo; crise das certezas; instabilidade, etc, etc e muitos outros etc’s, Essas características, e muitas outras, que podemos identificar nos contornos que as relações sociais adquirem nesta passagem de milênio colocam em pauta um tema bastante controverso: que tempo é esse que estamos vivendo? Alguns, como Bauman, David Harvey, Eagleton, falam de pós-modernidade. Outros (Kelner, Sokal, Best...) dizem que “pós-modernidade” é, em grossa interpretação, uma tentativa de levantar uma bandeira de diferente enquanto nada realmente mudou, ao menos uma mudança que justifique uma nova classificação. Chega-se a comentar sobre uma modernidade tardia, sociedade pós-humana, modernidade líquida, e por ai vai. Dentro de toda essa confusão de termos e suas legitimações acadêmicas, sobra-nos a dúvida, e, essa sim, parece ser unânime. Não sabemos quem somos, pois somos muitos como trata Stuart Hall (2005), não sabemos onde estamos porque através das redes online, por exemplo, podemos estar em qualquer lugar a qualquer tempo, não sabemos para onde vamos, pois as previsões ambientais mais otimistas nos enchem de medo.
Se o parágrafo anterior provocou confusão, sua função foi cumprida. As certezas