Foucault
Tese Central
O poder não é uma instância específica da vida humana, mas é a própria malha, o próprio contexto no qual a existência do homem se realiza. Todas as relações humanas são relações de poder e nenhum tipo específico de poder, seja o econômico, político, etc, tem prioridade sobre qualquer outro.
“Onde há poder, há resistência”
Todo exercício do poder implica a concretização de um contra poder.
Poder de maneira sutil
O foco das análises de Foucault foram aquelas instituições que não são geralmente vistas como instituições de poder, mas que o exercem de maneira sutil: a escola, fábrica, prisão, sexo, etc. A própria ciência seria vinculada necessariamente ao exercício do poder. Para Foucault, o conhecimento científico neutro e desinteressado não passa de um mito.
Panóptico
A famosa análise do Panóptico (modelo de prisão do século XIX) é um exercício sutil do poder feito mediante o controle do olhar.
Seria um modelo de prisão circular em que as celas ficariam sobre a circunferência e o vigia ficaria em uma torre ao centro.
A torre do vigia teria o vidro insufilmado, assim, os detentos não poderiam saber se há um vigia na torre e para quem ele olha.
Assim é caracterizada a coerção psicológica.
Biopoder
Segundo Foucault, a formação do capitalismo é o desenvolvimento de um novo tipo de poder: o Biopoder, ou seja, o poder sobre a vida. Ele se caracteriza por gerenciar e otimizar a existência humana, aumentar a sua qualidade de vida, para colocá-la a serviço do capital e do processo de industrialização. O biopoder foi necessário para o sucesso da Revolução Industrial.
Comparação
Poder de Soberania
Típico dos monarcas absolutistas, século XVI, XVII.
Poder de deixar viver, ou fazer morrer pela exposição do súdito à morte. Não gerenciava a vida dos indivíduos, apenas as controlava pelo direito de morte. Biopoder
Típico do capitalismo, séculos XVIII, XIX e XX.
Poder de fazer viver e deixar morrer.
Se realiza por duas estratégias