Fotógrafos: Fotografia Subjetiva
Alemão e autodidata, Otto Steiner encarava a fotografia como uma autorreflexão criativa, em que a realidade apresentada perde o significado original e se transforma numa forma metafórica. Foi um dos fundadores do grupo Fotoform, cuja primeira manifestação chocou violentamente o meio acadêmico fotográfico alemão. Organizou três exposições sob o título de “Subjektive Fotografie” (fotografia subjetiva), que explorava as potencialidades criativas e técnicas da fotografia, tal como as longas exposições e imagens desfocadas. Tornou-se o mais influente professor de fotografia na Alemanha. Tinha preferência pela fotografia preta e branca e desenvolveu um estilo fotográfico muito marcado, caracterizado pelo rigor da forma e pelo aumento do contraste até ao extremo.
Opinião:
O trabalho do Otto Steinert é o que eu mais apreciei pela exploração exclusiva que ele faz dos recursos fotográficos. Gostei das suas experimentações ousadas de múltiplas exposições, manipulações da luz, recortes radicais e imagens preto e branco bastante contrastadas. Ele consegue gerar em suas fotografias um meio de expressão especificamente fotográfico.
Aprecio, preferencialmente, os seus trabalhos de múltiplas exposições que dão um toque artístico na imagem e nos remete a inúmeras interpretações pessoais.
Harry Morey Callahan
Fotógrafo norte-americano autodidata, Harry Callahan criou um estilo próprio. Procurava expressar a sua vida e as suas observações através da fotografia. O que mais prevaleceu no seu trabalho foram os retratos de sua esposa Eleanor Knapp e da sua filha Barbara que o serviam de inspiração. Ele as fotografava no dia a dia. Foi um influente professor de fotografia e as suas experiências e inovações influenciaram decisivamente o programa do Instituto de Design. As famosas séries de Callahan com close ups de mulheres anônimas de Chicago indo às compras, deram início a uma tendência fotográfica que procurava captar as pessoas comuns, celebrando a