Bola bola
Tem-se, com isso, a busca intensa por uma amálgama entre condições objetivas e subjetivas da práxis do fotojornalismo. Essas condições são expressas, na obra de Pedro Sousa, tanto por uma detalhada e interessante evolução das técnicas fotográficas, do invento de Daguerre ao advento da indústria cultura, quanto por uma preocupação constante em deixar claro para o leitor que a fotografia não é composta apenas de elementos estéticos e de técnica, mas de interpretação subjetiva tanto de quem produz a foto quanto de quem a recebe como produto jornalístico e/ou artístico.
Desde o século XIX, quando em 1842 tem-se o registro de uma imagem impressa e veiculada em jornal de um desenho feito a partir de uma fotografia, percebemos a importância e a relevância da imagem, sobretudo da imagem fotográfica, para as publicações jornalísticas. Em tempos de jornalismo de opinião, quando a notícia ainda não era o principal produto dos jornais e configurava-se na Europa e nos Estados Unidos uma esfera pública burguesa, a fotografia era vista de forma estereotipada, sendo, portanto, uma mídia pouco presente nos jornais impressos.
A grande mudança ocorre nos Estados Unidos, quando fotos de conflitos bélicos em disputas territoriais com o México passam a ser divulgadas. Contribuindo para este desenvolvimento, passa-se a ter, a partir da segunda metade do século XIX, uma maior possibilidade de prática fotográfica, devido