FOTOGRAFOS DE GUERRA
O primeiro trabalho de Maurício numa zona de guerra de grandes proporções foi a do Iraque que, ocorreu em abril de 2003. Por três meses ele teve a chance de retratar a história do garoto iraquiano Ayad, o menino ficou cego do olho direito e teve 20% do outro comprometido em bombardeio feito pelo EUA, numa fazenda há 180 km ao sul de Bagdá. O pai e o menino foram encontrados pelo fotojornalista pedindo esmola na calçada na tentativa de angariar fundos para pagar um tratamento de córnea. Lima conseguiu autorização para acompanhar o caso por vários dias, fez um ensaio com o menino e por fim as imagens do garoto tiradas pelo brasileiro ganharam as paginas dos jornais no mundo inteiro, logo depois uma família americana ficou sabendo do caso pelo jornal Washington Post e comovida levou o garoto para se tratar nos Estados Unidos. A fotografia de guerra para Maurício não é um trabalho que resulta em fama, dinheiro ou poder, a fotografia para ele é um instrumento que pode mudar e ajudar pessoas, o rumo de algumas situações. A guerra é a parte mais insana do ser humano e o fotojornalista