Fossas septicas
O tratamento de esgoto em áreas urbanas no Brasil ainda não é suficiente para atender a crescente demanda da população, no entanto, apresenta-se num estágio avançado quando comparado com a situação da população na área rural. A presença de serviços de tratamento de água e de esgoto sanitário é muito importante para se prevenir doenças como cólera, hepatite A, verminoses, diária, entre outras. Na zona rural, a maioria da população não tem acesso a esses serviços e faz uso de fossas “negras”, que são buracos cavados no chão sem qualquer proteção interna. Isso gera problemas para a população e para o meio ambiente, pois as fezes e a urina liberam o chorume, que é um liquido de odor desagradável, que penetra no solo e contamina riachos, minas e águas subterrâneas que abastecem os “poços caipiras”. Como alternativa para esse problema, está sendo utilizada a Fossa séptica Biodigestora, que é uma tecnologia da EMBRAPA, que foi desenvolvida pelo pesquisador aposentado Antônio Pereira de Novais e que tem como objetivo melhorar o saneamento rural, de forma eficaz e com baixos custos.
O presente trabalho mostra a necessidade de rever-se a adoção da fossa séptica biodigestora como tratamento dos esgotos doméstico em regiões onde não há sistema de tratamento de esgoto, bem como alerta para o risco de contaminação dos mananciais subterrâneos de água para abastecimento humano, decorrentes do mau uso das fossas. 1. Fossa negra
Não existe na maioria das áreas rurais tratamento de esgoto domestico, ultiliza-se então a fossa rudimentar, mais conhecida como fossas negra.
A fossa negra, por definição, é uma escavação que recebem excretas ou esgoto, com revestimento interno impermeabilizante ou em muitos casos sem revestimento, cujo fundo atinge ou fica a menos de 1,5m acima do lençol freático, em condições de poluir a água utilizada para consumo doméstico, oriunda de poços artesanais, alem de se tornar um local propicio a doenças e mau cheiro.
Figura [ 1