Fossa biodigestora
Em todo o planeta 2,4 bilhões de pessoas despejam seus esgotos a céu aberto, no solo ou em corpos d'água que passem perto de suas casas, porque não têm acesso a um sistema de coleta.
No Brasil, a rede coletora chega a 53,8% da população urbana. Entretanto, a maior parte do volume recolhido não recebe nenhum tratamento e é despejada nesse estado em rios e represas ou no oceano. Apenas
35,5% dos esgotos coletados no Brasil são submetidos a algum tipo de tratamento.
O uso de sistemas eficientes de tratamento de esgoto em locais onde não se possui rede coletora é uma forma de contribuir para evitar a poluição das águas, dos alimentos e a disseminação de doenças.
Lembre-se:
O tratamento de esgoto doméstico de residências ou pequenas aglomerações familiares é possível, com um custo relativamente baixo.
Existem sistemas que possibilitam o uso do esgoto para benefício do homem contribuindo para a saúde ambiental e para a produção de alimentos.
Esgoto no Meio Rural
De modo geral, o esgoto das propriedades rurais ainda tem como principal destino as chamadas fossas negras, sistema rudimentar passível de contaminar o lençol freático e poços (Figura 1), aumentando assim os riscos de veiculação de doenças como diarréia, cólera e hepatite, tanto na comunidade rural como nos consumidores dos produtos agrícolas e pecuários. Tem-se como uma alternativa para a substituição a estas fossas um sistema denominado Fossa
Séptica Biodigestora.
E o que é uma Fossa Séptica Biodigestora ?
É uma tecnologia social, de saneamento básico na área rural que transforma dejetos humanos em adubo líquido orgânico para as plantas.
Como funciona?
1. Três caixas d’água são enterradas no solo e conectadas entre si (Figura 2).
2. A primeira caixa é ligada ao sistema de esgoto sanitário (1) e recebe, uma vez por mês, 10 litros de uma mistura com água e esterco bovino fresco.
3. Esse material,